*As opiniões expressas neste texto são de total responsabilidade do autor.
Quem frequenta paróquias onde são usados os chamados
folhetos litúrgicos, já deve ter percebido que, além dos textos das orações e
das Sagradas Escrituras, eles vêm também com algumas sugestões de cantos para
serem executados durante a celebração. Os folhetos de circulação nacional,
editados por grandes editoras, usam o Hinário Litúrgico da CNBB como base para
os cantos que são colocados.
Mas o que é o Hinário Litúrgico da
CNBB? Como o nome já indica, é um conjunto de hinos compostos especialmente
para serem entoados nas missas. Mas é um “conjuntão” mesmo. São mais de vinte
CD’s com os cantos do hinário. A ideia de elaborar um hinário genuinamente
brasileiro visava atender às exigências da reforma litúrgica do Concílio
Vaticano II, que pedia um canto litúrgico que refletisse as particularidades
culturais e musicais de cada povo, sem perder a essência da tradição litúrgica
milenar da Igreja. Por isso que, nos cantos do hinário da CNBB, pode-se
perceber forte presença de ritmos regionais, mas dentro dos limites e
valorizando os aspectos tradicionais como o som do órgão etc.
Você já deve ter percebido que nem sempre os cantos
executados na missa são os do folheto, em alguns lugares eles quase nunca são
cantados. Geralmente, os que entoam os cantos do folheto são grupos de canto
formados por senhoras ou corais; os grupos formados por pessoas mais jovens
costumam escolher cantos mais animados e que expressem mais o estilo do próprio
grupo. Isso, é claro, não é uma regra geral, mas uma simples percepção.
É de certa forma difícil convencer um grupo que não costuma
entoar os cantos do hinário litúrgico da CNBB a executá-los na missa, na
maioria das vezes não os conhecem, ou argumentam que eles tem ritmo estranho à
realidade local; no entanto, é preciso dizer, levando as orientações litúrgicas
para a seleção musical, os cantos do hinário litúrgico são a melhor opção.
Os motivos são variados. Primeiro, obviamente, deve-se levar
em conta a principal regra que os músicos devem seguir para escolher os cantos,
isto é, que eles (os cantos) estejam em sintonia com a liturgia do dia, que
falem a mesma coisa que as leituras disseram. Essa tarefa requer um certo
esforço, pesquisa, e o Hinário Litúrgico está justamente para ajudar nesse
quesito, pois ele apresenta para cada domingo, festa e solenidade cantos que
estejam de acordo com o mistério celebrado.
Consideremos o exemplo da missa da noite do Natal; o Evangelho
dessa missa é retirado do capítulo primeiro do Evangelho segundo João,
versículos de um a dezoito, aquele que
diz: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus...”, pois bem, o canto de comunhão que o
hinário propõe para essa missa é o chamado “Hino ao Verbo de Deus”, uma bela
canção que é nada mais nada menos que a musicalização do próprio evangelho da
missa. Os fiéis, enquanto escutam e cantam o canto de comunhão, lembram-se do
Evangelho, pois a letra é a mesma, porém com melodia.
É importante ressaltar que a seleção musical, ou seja, a
escolha dos cantos a serem executados na missa, é um processo racional e não
meramente subjetivo, não depende do gosto pessoal de cada membro do grupo. O
objetivo não é satisfazer o ego de ninguém, muito menos atender às preferências
individuais. O objetivo é prestar um serviço à Igreja, que se converterá em
louvor a Deus.
Executar os cantos do hinário litúrgico exige trabalho,
dedicação e força de vontade; é necessário aprendê-los bem para entoá-los bem.
O resultado é muito positivo, pois o povo presta atenção na letra das canções e
letras catequéticas e inspiradas nas Sagradas Escrituras ajudam na transmissão
dos ensinamentos cristãos e na reflexão pessoal.
Alguém pode dizer que a dificuldade em cantar conforme o
folheto está no fato de a assembleia não conhecer a maioria desses cantos, mas
deve-se procurar saber o porquê dessa situação, pois os CD´s do hinário já têm
certa idade e se eles tivessem sido executados desde o início, certamente o
povo os conhecia. Daí conclui-se que o motivo pelo qual algumas pessoas não
conhecem os cantos do hinário é o simples fato de eles nunca serem executados.
Com a constância no hábito de entoá-los na missa, a assembleia vai naturalmente
aprendendo. Tudo é uma questão de boa vontade e bom-senso.
Mesmo que após a exposição desses argumentos, alguns grupos
insistam em permanecer nas práticas antigas, é necessário avaliar qual o motivo
dessa atitude: comodismo, preguiça, ou simples rejeição ao que é
litúrgico?
Sem.Odmilson Rodrigues
3° ano de filosofia
Pra mim o canto serve para estabelecer um diálogo entre eu e Deus, deve elevar meu coração a rezar e louvar a Deus, portanto eu acho que ele deve ter o objetivo de faze reu sair mais feliz do que entrei, e a maioria desses cantos do folheto não conseguem fazer isso pq são sem graça de mais, prefiro aqueles que tocam mais o nosso coração é a minha opiniãio.
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