Os círios na Diocese de Ponta de Pedras


Durante o ano litúrgico, a Igreja celebra Nossa Senhora com algumas festas, entre as quais as mais importantes são as solenidades da Santa Mãe de Deus (1º de janeiro), Anunciação (25 de março), Assunção (15 de agosto), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro) e Imaculada Conceição (8 de dezembro). Para os paraenses, porém, uma data que não está entre as citadas acima, mas tem uma importância especial na sua experiência religiosa, é o segundo domingo de outubro, data em que acontece o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a maior festa devocional católica do mundo.

A influência do círio de Belém é tão grande, que a maioria das cidades do interior do Pará também realiza o seu, seja em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré ou a outro título mariano. Na Diocese de Ponta de Pedras não poderia ser diferente, as sete paróquias da diocese realizam a sua procissão. Das sete romarias, cinco são em honra de Nossa Senhora de Nazaré e duas homenageiam Nossa Senhora da Conceição. 


Em Ponta de Pedras, a padroeira da diocese é festejada com um círio que tem mais de cem anos e que é patrimônio cultural imaterial do estado. A história do município confunde-se com a da devoção a Nossa Senhora da Conceição, tanto que a padroeira é até mencionada no hino municipal.


Em 2016, o ciclo dos círios começou com o de Boa Vista, no dia 09 de outubro; na semana seguinte foi a vez de Muaná realizar a sua maior festa religiosa. No dia 30 de outubro, a jovem paróquia de São Miguel realizou o seu círio. Em 13 de novembro foi a vez de Curralinho homenagear a padroeira do Pará. E fechando o ciclo de procissões em honra de Nossa Senhora de Nazaré, em 20 de novembro, Santa Cruz do Arari promove o 89° círio da padroeira da paróquia.


Duas paróquias promovem círio em honra de Nossa Senhora da Conceição. No dia 27 de novembro, o povo pontapedrense sairá às ruas para homenagear a padroeira da diocese. E no mês de dezembro, será a vez de Cachoeira do Arari realizar
 o círio da Imaculada.


Os círios são momentos únicos na vida do povo católico marajoara, pois são oportunidades para impulsionar a evangelização e a vida espiritual dos fiéis, além de impulsionar a economia local. O segundo semestre de cada ano é esperado ansiosamente pelos fiéis porque nele acontecem essas grandes demonstrações de fé.


Por todos esses motivos, o círio se tornou parte da identidade do paraense e do marajoara, e é uma data insubstituível no calendário. Suas marcas estão gravadas no coração de cada fiel, que buscam, por intercessão de Nossa Senhora, alcançar a salvação de suas almas e prestar seu culto ao nosso Deus uno e trino.

Sem. Odmilson Rodrigues
1° ano de filosofia

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