O hino da Diocese de Ponta de Pedras


O hino da Diocese de Ponta de Pedras é um dos símbolos mais importantes desta Igreja Local. É entoado solonemente nos momentos mais relevantes para a vida diocesana. A letra e a melodia foram compostas pela Irmã Ovídia Dias, uma religiosa dorotéia de grande erudição que trabalhou na Diocese. Veja a seguir a letra do hino e, em seguida, a sua análise.

Salve, ó Ponta de Pedras, diocese! /
Tuas paróquias de imensa vastidão: /
são rebanhos buscando na alegria /
a mensagem da eterna salvação!

1-Tua vasta extensão marajoara,/
é o cenário de rios e matagais, /
onde Cristo no altar da pedra D’ara /
se oferece por mãos sacerdotais. /
Missionários intrépidos e ardentes /
buscam as almas como amor, sem se cansar, /
através de campinas e vertentes, /
 e enfrentando perigos sobre o mar.

2- O teu lema, sinete luminoso, /
traz a marca da grande lei do amor, /
que reflete o clarão tão radioso /
da eloqüência e do zelo do pastor./
“Onde está a perfeita caridade, /
dos irmãos numa vida de união, /
reina o Deus de infinita majestade,/
dominando em cada coração”.

3-Eia,pois, sob a luz do Vaticano, /
com a papa unido a Jesus, /
o sofrer não será tão desumano /
se, ombro a ombro, levarmos nossa cruz. /
Diocese, tua honra esteja nisto: /
dar a Deus toda glória e todo amor. /
teus rebanhos formando um só no Cristo, /
em perene holocausto de louvor

O refrão exalta o rebanho da Dicoese, representado pelas paróquias de imensa vastidão, o qual tem como missão escutar o Evangelho e vivê-lo: “São rebanhos buscando na alegria a mensagem da eterna salvação.

A primeira estrofe faz referência à realidade geográfica do Marajó, marcada por rios e matagais, campinas e vertentes, e as dificuldades para que os missionários consigam contornar tais realidades, o que exige deles que sejam intrépidos e ardentes, para que o sacrifício de Cristo seja oferecido por mãos sacerdotais no altar da pedra d’ara, isto é, para que mais comunidades tenham acesso à Eucaristia.

A segunda estrofe reflete exclusivamente sobre o que chama de “grande lei do amor”, que o hino afirma ser o lema da Diocese , inspirado no lema do primeiro bispo Dom Angelo Rivato: “Ubi caritas Deus ibi est”. Esta máxima deve ir além de ser apenas um lema, mas também deve reger a vivência espiritual dos fiéis diocesanos. Assim, onde houver a caridade, reinará o Deus de infinita majestade, que dominará os corações.

A terceira estrofe alcança um nível de beleza estética elevadíssimo. Chega a ser tocante a poeticidade das palavras. Essa estrofe cumpre a missão de encerrar o hino falando da dimensão católica da igreja diocesana de Ponta de Pedras, ou seja, mesmo estando em uma região delimitada, a Diocese está ligada com a Igreja de Deus presente no mundo inteiro, em comunhão com a Santa Sé em Roma, sob o pastoreio do Papa. Esta comunhão com a Igreja Universal é o que faz a missão, mesmo com dificuldades, se tornar mais branda, mais suave: “o sofrer não será tão desumano se ombro a ombro levarmos nossa cruz”. A última parte da terceira estrofe se configura como um compromisso, um projeto que a Diocese assume com a atividade central de sua existência: prestar um louvor eterno (e agradável) a Deus, o que sustentará a unidade do povo de Deus, que será “um só no Cristo em perene holocausto de louvor”.

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