Discurso de Dom Teodoro por ocasião do encerramento do Ano Jubilar Diocesano

 


Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo,

Seja louvado o Nosso Senhor Jesus Cristo!

"Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!"  (Sl 78 (77),4.7)

1. Eterna gratidão a Deus, em primeiro lugar, acima de tudo e por tudo; porque "é n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos" (At 17,28); e se o Senhor não  edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem (cf. Sl 127,1).

Muito obrigado a todos os membros do nosso clero, lembrando o D. Alessio Saccardo, bispo emérito desta Diocese; recordo também os outros sacerdotes que não puderam estar nesta celebração; agradeço a presença e a comunhão de todos os padres e diáconos que se encontram aqui e acompanharam os fiéis, membros das suas paróquias; estendo os meus sinceros agradecimentos aos religiosos e religiosas, às pessoas de vida consagrada, aos seminaristas, às autoridades aqui presentes ou representadas, aos vereadores e pontapedrenses que acolheram em suas casas as pessoas que vieram participar desta celebração e todo o povo de Deus da nossa Diocese e a vocês aqui presentes, que nos honram e alegram com a vossa presença amiga e benfazeja.

Muito obrigado aos sacerdotes e bispos que presidiram as missas da festividade da nossa gloriosa Padroeira, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no Círio deste ano 2023, e às equipes de acolhida, ornamentação, liturgia, cozinha e a todas as equipes de serviço, inclusive da Cúria diocesana, aos membros do Conselho Presbiteral e do Conselho Diocesano e demais pessoas envolvidas na organização das comemorações e celebrações deste Jubileu Diocesano, desde o início até o seu encerramento; agradeço aos benfeitores pelos donativos que recebemos e a todo o povo de Deus da nossa Diocese e da nossa Igreja Irmã, Arquidiocese de Sorocaba, bem como as Igrejas Particulares do nosso Regional Norte 2 e os meus irmãos no episcopado; imensa gratidão a todos os que nos precederam aqui nesta missão evangelizadora, principalmente os que mais se destacaram pelo sua maior responsabilidade e protagonismo pastoral, vivos e falecidos, com especial destaque para D. Ângelo Maria Rivatto, primeiro bispo desta Igreja Particular, de saudosa memória, assim como o P. Luigi Rossini, falecido mais recentemente, no dia 28/11/2023, além de muitos outros de feliz lembrança; que o Senhor Deus conceda-lhes a glória eterna dos Céus e que eles intercedam por nós! Aos nossos entes queridos, familiares e amigos, benfeitores, colaboradores, parceiros, pessoas de boa vontade e todos os que fizeram e fazem parte da nossa memória eclesial coletiva, que hoje estamos celebrando, manifesto todo o nosso reconhecimento e profundo agradecimento.

Enfim, não podia deixar de lembrar e agradecer aos estimados ouvintes e Comunicadores das nossas rádios da Fundação Itaguary de Comunicação e do blog da Diocese, aos internautas e fotógrafos, cinegrafistas e todos os que estão em sintonia conosco, em comunhão orante, que não puderam vir participar presencialmente desta celebração. Que Deus, fonte da bênção e da graça, abençoe copiosamente a todos(as)!

2. Apraz-me dizer que o Ano Jubilar Diocesano foi muito abençoado para nós: basta recordar, como exemplo, a reforma da Catedral Diocesana e sua dedicação, as ordenações diaconais e presbiterais, a instalação da Rádio Imaculada, a peregrinação diocesana, a criação de novas paróquias e várias celebrações alusivas ao Ano Jubilar Diocesano... São incontáveis as bênçãos e graças derramadas sobre nós e nesta Diocese!...

Esta solene liturgia eucarística de encerramento do Ano Jubilar Diocesano e todas as outras celebrações e comemorações festivas realizadas no decorrer desse tempo kairológico enchem nossos corações de júbilo e gratidão. Hoje  cada um(a) poderia dizer com Maria Santíssima: "A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (...), porque o Poderoso fez em mim (nós) maravilhas" (Lc 1, 46-47.49); de fato, "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8,28).

Estou convicto que, com a comemoração das Bodas de Diamante da nossa Diocese e a partir da nossa experiência pessoal e comunitária de encontro com o Senhor e uns com os outros, nossos corações "ardem" como aconteceu como os dos discípulos de Emaús, que se encontraram com o Senhor Jesus Ressuscitado (cf. Lc 24, 13-35). Eles são, para nós, belos exemplos para nos inspirarmos e sairmos daqui mais fortalecidos espiritualmente, felizes e impelidos para a missão, com os pés a caminho, para anunciar a Boa Nova da salvação e dar testemunho do Senhor Jesus, em todo o tempo e lugar.

3. Recebemos um grande legado espiritual de nossos antepassados e daqueles que nos antecederam na missão evangelizadora, aqui neste território do Marajó, que faz parte da Diocese de Ponta de Pedras. Muita gente trabalhou, edificou esta Igreja e se imolou por ela. Pessoalmente, não tenho palavras para descrever ou expressar toda a nossa gratidão por tudo aquilo que foi feito em favor do Reino de Deus, por aquilo que temos e somos hoje, como Diocese de Ponta de Pedras, com a graça de Deus. No entanto, não devemos nos conformar simplesmente com o que recebemos de Deus e das pessoas, sem partilhar a graça recebida, sem retribuir nada.

Não somos apenas herdeiros da bênção e da graça de Deus e daquilo que nos foi entregue. Mais do que isso, somos chamados a ser bons administradores da multiforme graça de Deus que recebemos e devemos colocar à disposição dos outros (cf. 1Pd 4,10); portanto, sejamos continuadores da missão que o Senhor nos confiou, fazendo jus ao tema que escolhemos para o Ano Jubilar Diocesano: "Gratidão e fidelidade a Deus na Missão". Deste modo, juntamente com a nossa gratidão reiteramos o nosso firme propósito de continuar nossa missão evangelizadora, dando testemunho da fé redentora, que recebemos da Igreja de Cristo, até o fim, para alcançamos a salvação eterna.

4. Temos a nobre e ingente tarefa de evangelizar e deixarmos ser evangelizados; é grande a nossa responsabilidade de continuar a missão que nos foi confiada, com fé inabalável, esperança imarcescível, amor operante, fidelidade criativa, zelo apostólico e alegria missionária, própria de uma Igreja que se sente "família de Deus em missão" (lema da nossa assembleia diocesana de 2020) permanente e dócil à ação do Espírito Santo, sem limites geográficos, existenciais e sociais, anunciando e testemunhando a Boa Nova da salvação, tornando Jesus Cristo conhecido, amado, seguido pela humanidade e colaborando para que Ele reine e "Deus seja tudo em todos" (1Cor 15, 28). Este é o melhor serviço que podemos prestar ao mundo. Jesus Cristo é o nosso maior e melhor tesouro que podemos oferecer aos outros, a todos os homens e mulheres.

5. Cumpre-nos caminhar em paz e comunhão com o Sucessor de Pedro, em sintonia com a Igreja no Brasil e, particularmente, "caminhar com os povos da Amazônia", escrevendo e fazendo a história bonita desta "porção do povo de Deus", desta Igreja Diocesana de Ponta de Pedras, chamada a escutar sempre o que o Espírito Santo lhe diz (cf. Ap 2,7.10-11.17) para que seja verdadeiramente uma Igreja viva e atuante, una, santa, católica, apostólica, uma Igreja sinodal em missão, de comunhão e participação!

6. O Senhor Deus é fiel e sua fidelidade é nossa segurança (cf. 1 Cor 1, 9; 1 Jo 1,9; Hb 10,23). Que Ele nos conceda a graça da fidelidade indefectível na nossa vocação e missão que recebemos, a fim de sermos dignos das promessas de Cristo.

Caminhemos sempre juntos, unidos, em comunhão e solidários uns com os outros, "tendo entre nós os mesmos sentimentos que havia em Cristo" (Fl 2,5). Nossa missão de evangelizar é algo irrenunciável e intransferível, nem pode parar: “O amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14). A missão evangelizadora nos tona mais fecundos e felizes; e ela revela a nossa identidade de geração escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que nos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa (cf. 1Pd 2,9).

Continuemos, pois, firmes na nossa caminhada de fé e na ação evangelizadora, deixando-nos conduzir pelo Espírito Santo, pedindo a intercessão constante dos santos Padroeiros das nossas comunidades e Paróquias e o auxílio materno da excelsa Padroeira da nossa Diocese, Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

Que o Senhor Deus nos abençoe e todos aqueles para os quais suplicamos suas bênçãos e graças!

Viva a Diocese de Ponta de Pedras!

Assim, declaro encerrado o Ano Jubilar Diocesano.

Muito obrigado a todo(as)!

Ponta de Pedras, 08.12.2023, solenidade litúrgica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e encerramento do Ano Jubilar Diocesano.

D. Teodoro Mendes Tavares, CSSp
Bispo Diocesano de Ponta de Pedras- PA

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