Por: Bianca Fraccalvieri
Três
horas de colóquio “fraterno e profundo”, de um “irmão entre irmãos”: assim foi
a audiência que o Papa Francisco concedeu na manhã desta segunda-feira aos
bispos dos Regionais Norte 2 (Pará e Amapá) e Norte 3 (Tocartins) da CNBB.
De
acordo com Dom Bernardo Bahlmann, bispo de Óbidos (PA), presidente do Regional
Norte 2, “o Papa nos acolheu com o coração aberto, muito fraterno. E durante o
encontro, que demorou três horas, nós sentimos realmente o carinho e a
preocupação que ele tem para com a Amazônia”.
Dom
Bernardo relatou um clima familiar, partilhando ideias, experiências e
situações, em que foram tocados vários aspectos da vida da Igreja na Amazônia.
“Podemos dizer que ele tem no coração a Amazônia.”
O
Pontífice citou o “Barco Hospital Papa Francisco” como exemplo de
evangelização, pois é o anúncio de Jesus Cristo. Por fim, um incentivo para que
a Igreja se inculture cada vez mais na Amazônia, reconhecendo a preciosidade da
cultura local.
Na mesma linha, o bispo prelado de Marajó (PA), Dom Evaristo Pascoal Spengler, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam), afirmou: “Agradecemos seu profundo amor pela Amazônia e sua defesa apaixonada pelos povos tradicionais, cultura, floresta, rios e tudo o que envolve o bioma.”
Dom
Evaristo afirma que os bispos demonstraram sua disposição em concretizar os
sonhos expressos pelo Papa na exortação pós-sinodal “Querida Amazonia”, em
busca de novos caminhos para a sociedade e para a Igreja.
“Tivemos
que relatar ao Papa os ataques cada vez mais sistemáticos, de destruição que
vem sofrendo a Amazônia, os seus povos, territórios e lideranças. O território
amazônico sangra e morre diante dos nossos olhos: invasões a territórios
indígenas, quilombolas e ribeirinhas por mineradoras, fazendeiros, criadores de
gado, pelos madeireiros e pelo agronegócio.”
Foi
citado o recente encontro de Santarém, em que os bispos perceberam que a
Amazônia chegou ao seu limite. “Ela já não suporta mais tanta violência.” Por
isso, pedem uma trégua para a Amazônia, que cessem as invasões e parem de matar
os índios e as lideranças que os defendem.
“Pedimos
ao Papa, com sua indiscutível autoridade, que apoie uma trégua para a Amazônia,
um verdadeiro tempo sabático de reflexão para repensar a presença e a
convivência na Amazônia.”
Segundo
Dom Evaristo, quando o Papa escutou sobre as mortes na Amazônia, “fechou os
olhos numa expressão de dor e de sofrimento e em seguida perguntou: Que podemos
fazer? Ele está muito sensibilizado com esta realidade de destruição na
Amazônia. O Papa Francisco é a esperança dos povos da Amazônia. O nosso povo
merece um tempo de paz, de segurança, um verdadeiro tempo de graça do Senhor”.
Texto: Vatican News
DEUS seja louvado!
ResponderExcluirAbençoa Senhor o Santo Padre Papa Francisco e todos os que com ele se reuniram.
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