Comissão da CNBB e bispos referenciais para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso se encontram para planejar novas ações
A
Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu na terça-feira, 14,
uma reunião on-line com os bispos referenciais para o Ecumenismo e o Diálogo
Inter-religioso e os membros do Grupo de Reflexão para o Ecumenismo e o Diálogo
Inter-Religioso (GREDIRE) da CNBB.
Inspirados
pelo versículo de Jeremias 22,3, o bispo de Cornélio Procópio (PR) e presidente
da Comissão para o Ecumenismo da CNBB, dom Manoel João Francisco, e os bispos
membros da Comissão, acolheram os bispos referenciais e os religiosos e agentes
de promoção do ecumenismo dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Pará, Bahia e Pernambuco para a reunião.
“Assim
fala o Senhor: Defendei o direito e a justiça, libertai o expoliado da mão do
explorador, não oprimais e nem maltrateis o migrante, o órfão e a viúva, não
derrameis sangue inocente neste lugar!”, Jr 22,3.
Como
resultado da reflexão, que enfrentou uma pauta intensa de partilhas sobre as
realidades da ação pastoral ecumênica da Igreja no Brasil, evidenciou-se a
necessidade de contínuo diálogo com as tradições ecumênicas, fruto do legado
das ações fraternas junto às Igrejas históricas e um olhar atento ao diálogo
inter-religioso e ao diálogo Católico-Pentecostal.
Fortalecimento de Diálogos
Bilaterais
Os
participantes sinalizaram para a importância do contínuo processo de
fortalecimento e continuidade de articulação das Comissões de Diálogo
Bilaterais: Católico-Luterano, Católico-Anglicano, Católico-Presbiteriana
Unida, Católico-Pentecostal, Católico-Judaico e Católico-Religiões de Matriz
Africana.
O
presidente da Comissão para o Ecumenismo da CNBB, na avaliação da Semana de
Oração pela Unidade Cristã (SOUC), destacou o entusiasmo dos participantes. O
bispo da diocese de Sete Lagoas (MG), dom Francisco Cota de Oliveira, avaliou
que, diante das provocações apontadas pelos regionais, dos desafios e do
empenho da Comissão para o Ecumenismo e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
(CONIC), é possível ver que há um crescimento da sensibilidade para com a prática
ecumênica nos ambientes eclesiais e entre as igrejas. “Vejo estes bons
resultados como uma resposta aos apelos do Papa Francisco para conversão
ecumênica na vida da Igreja”, afirmou.
Dom
Manoel destacou ainda como oportunas as duas sugestões levantadas na reunião:
a) publicação dos documentos referentes ao Ecumenismo em um única obra; b) a
entrega do Vade Mecum ecumênico aos bispos referenciais presentes na etapa
presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece de 29 de agosto a 2 de
setembro de 2022.
Sínodo 2023
Os
participantes também refletiram sobre o processo que se vive o Sínodo 2023 que
provoca a Escuta da Igreja, bem como da sociedade e a necessidade constante de
se pensar na continuidade do trabalho pastoral junto às juventudes.
O
arcebispo-emérito da Arquidiocese de Santa Maria (RS) e referencial para o
ecumenismo do Sul 3, dom Hélio Adelar Rubert, se despediu do espaço e
apresentou o bispo de Osório (RS), dom Jaime Pedro Kohl, como representante do
regional na articulação. Dom Hélio afirmou reconhecer um novo horizonte na
caminhada ecumênica, com lideranças mais abertas ao diálogo, à partilha e ao
caminhar em conjunto. “O Espírito Santo conduz para a unidade todos aqueles que
se abrem para a sua ação e se amam”, disse.
Foi
também definido o encontro em setembro deste ano com o objetivo de apontar
caminhos para o fortalecimento para o diálogo católico-pentecostal. O assessor
da Comissão para o Ecumenismo e subsecretário adjunto de pastoral da CNBB,
padre Marcus Barbosa ressaltou como muito esperados e de grande valor o
encontro com os bispos referenciais da CNBB. “Esses encontros dão verdadeiro
sentido à missão de nossa Comissão que é a de fortalecer a ação das diversas
comissões regionais, diocesanas e bilaterais para o diálogo ecumênico e
Inter-religioso”, avaliou.
Participaram
da reunião, além do presidente e assessor, os bispos membros da Comissão da
CNBB, o bispo de Ponta das Pedras (PA), dom Teodoro Mendes Tavares e o
arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Zanoni Demettino Castro e os
referenciais: o arcebispo-emérito da arquidiocese de Santa Maria (RS), dom
Hélio Adelar Rubert, o bispo de Blumenau
(SC), dom Rafael Biernaski, bispo da diocese de Sete Lagoas (MG), dom Francisco
Cota de Oliveira, o bispo de Guajará-Mirim (RO), dom Benedito Araújo e o bispo de Osório (RS), dom Jaime Pedro Kohl.
Texto: CNBB
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